Página de Estudos das Fontes Pesquisadas

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TEXTO ORIGINAL

Legenda Trium Sociorum - 19

19. 
1 Deinde cucurrit ad palatium communitatis conquerens de filio coram consulibus civitatis postulansque ut pecuniam, quem exspoliata domo asportaverat, facerent sibi reddi. 
2 Consules autem videntes eum ita turbatum, Franciscum, ut coram eis compareat, citant sive advocant per praeconem. 
3 Qui praeconi respondens dixit se per Dei gratiam iam factum liberum et consulibus amplius non teneri, eo quod esset solius altissimi Dei servus. 
4 Consules vero nolentes ei vim facere dixerunt patri: “Ex quo servitium Dei est aggressus, de potestate nostra exivit”.
5 Videns ergo pater quod coram consulibus nihil proficeret, eamdem querimoniam proposuit coram episcopo civitatis. 
6 Episcopus vero, discretus et sapiens, vocavit eum debito modo, ut compareret super patris querimoniam responsurus.
7 Qui respondit nuntio dicens: “Ad dominum episcopum veniam quia est pater et dominus animarum”. 
8 Venit igitur ad episcopum et ab ipso cum magno gaudio est receptus. 
9 Cui episcopus ait: “Pater tuus est contra te turbatus et scandalizatus valde. 
10 Unde, si tu vis Deo servire, redde illi pecuniam quam habes, quae, quoniam forte est de iniustis acquisitis, non vult Deus ut eroges eam in opus ecclesiae, propter peccata patris tui cuius furor mitigabitur ea recepta. 
11 Habeas ergo, fili, fiduciam in Domino et viriliter age, nolique timere quia ipse erit adjutor tuus (cfr. Deut 31,6) et pro ecclesiae suae opere abundanter tibi necessaria ministrabit”.

TEXTO TRADUZIDO

Legenda dos Três Companheiros - 19

19. 
1 Depois correu ao palácio da comuna queixando-se do filho diante dos cônsules da cidade, e pedindo que o obrigassem a restituir o dinheiro que levara, espoliando a casa. 
2 Os cônsules, vendo-o tão perturbado, por meio de mensageiro, intimam ou convocam Francisco a comparecer diante deles. 
3 Ele, respondendo ao mensageiro, disse que pela graça de Deus já tinha sido libertado e não se submetia mais aos cônsules, porque só era servo do Deus Altíssimo. 
4 Os cônsules, por sua vez, não querendo forçá-lo, disseram ao pai: “Desde que se pôs ao serviço de Deus, subtraiu-se ao nosso poder”. 
5 Vendo o pai que nada conseguia junto aos cônsules, propôs a mesma reclamação diante do bispo da cidade. 
6 O bispo, porém, discreto e sábio, chamou-o o modo devido para comparecer a fim de responder à demanda do pai. 
7 Ele respondeu ao enviado: “Ao Senhor Bispo irei, porque ele é pai e senhor das almas”. 
8 Foi, então, ao bispo, que o recebeu com grande alegria. 
9 E o bispo disse: “Teu pai está muito irritado e escandalizado contigo. 
10 Por isso, se queres servir a Deus, devolve-lhe o dinheiro que tens. O qual, como provém provavelmente de bens injustamente adquiridos, Deus não quer que o empregues em obras da igreja, por causa dos pecados de teu pai, cujo furor vai se acalmar quando o receber. 
11 Tem pois, filho, confiança no Senhor, e comporta-te varonilmente; não tenhas medo porque Ele será o teu auxílio e para as obras de sua igreja dar-te-á abundantemente o que for necessário”.