TEXTO ORIGINAL
[35]
1 Cum beatus Franciscus in loco sancte Marie ordinasset, quod pro quolibet verbo otioso (cfr. Mat 12,36) deberet dici unum “Pater noster” laudando Deum in principio et in fine ipsius, 2 voluit, quod, si frater accusatus de hoc excusando se contenderet dicere “Pater noster”, duo “Pater noster” dicere teneretur. 3 Et dictas Laudes tam alte dicere teneretur, quod a fratribus illic manentibus audiri possent et intelligi, qui fratres, dum ille laudaret, auscultare tenerentur; 4 et contrafaciens unum “Pater noster” cum Laudibus Dei pro anima dicentis dicere teneretur. 5 Ordinavit etiam quod quilibet frater, cum domum vel in cellam vel quemlibet locum ingressus fuerit, ibidem vel alibi fratrem seu fratres inveniens Deum semper laudare ac benedicere debeat diligenter, 6 quas Laudes idem sanctissimus pater solitus erat dicere cum ardentissima voluntate et desiderio. 7 Et fratres alios volebat facere ad dicendum easdem solicitos et attentos.
TEXTO TRADUZIDO
[35]
1 Quando o bem-aventurado Francisco mandou, no eremitério de Santa Maria, que por toda palavra ociosa (cf. Mt 12,36) dever-se-ia dizer um Pai-nosso, louvando a Deus no princípio e no fim dele, 2 quis que, se o frade acusado, desculpando-se, se negasse a dizer o Pai-nosso, fosse obrigado a dizer dois Pai-nossos. 3 E seria obrigado a dizer os Louvores tão alto que poderia ser ouvido e compreendido pelos frades que lá moravam e que eram obrigados a ouvir enquanto ele louvava. 4 Se fizesse o contrário, era obrigado a dizer um Pai-nosso com os Louvores a Deus por sua alma. 5 Ordenou também que cada frade, ao entrar em casa ou na cela ou em qualquer lugar, devia sempre louvar e bendizer diligentemente a Deus. 6 O santíssimo pai também costumava recitar os Louvores com a mais ardente vontade e desejo. 7 E queria fazer que os outros frades os recitassem com atenção e solicitude.