LEONARDO LEHMANN, OFMCAP
“SED SINT MINORES”.
A MINORIDADE NA REGRA NÃO BULADA:
PROPOSTAS E REAÇÕES
“Sed sint minores”. La minorit nella Regula non bullata: proposte e reazioni”,
em “Minores et subditi mnibus”. Tratti caratterizzant dol’identit francescana.
Atti do Convegno, Roma, 26-27 Novembre 2002.
A cura di L. Padovese. Roma 2003,129-147.
Entre os escritos mais estudados de so Francisco nos últimos 50 anos, devemos colocar a Regra
n
ão bulada (Rnb). Depois da edi
ção crítica do Testamento, proposta por K. Esser em 1949,¹ seu irmão e discípulo D. Flood enfrentou o estudo dos manuscritos da Rnb, incluídas as questões que lhe dizem respeito: a) a dependência dos códices, b) a influência da história da Ordem sobre a leitura dos textos e a mudan
ça de perspectiva da leitura dos mesmos, segundo novas tendências teológicas, c) a história redacional do texto da Rnb conhecido por nós e a hipótese articulada dos possíveis textos precedentes, isto , daqueles que no chagaram até nós ou só chegaram em parte.²
As investiga ções de Flood deram como fruto uma ediçã o crítica, aparecida em 1967, que, confrontada com as ediçõ es precedentes de L. Lemmens e H. Boehmer de 1904,³ apresentava não só um texto mais seguro em quanto baseado em um número maior de códices, mas que também lan çava uma luz nova, em medida preponderante, sobre a evoluçã o do texto. Da investigação de Flood, emerge, de modo convincente, que a Rnb não foi o resultado de um único momento redacional nem de menos de um única pessoa: o texto promulgado no capítulo de 1221 deve ser considerado, portanto, o ponto de chegada de um longo caminho redacional, que se prolonga provavelmente desde 1209/10 a 1221, quando se decide analisar a situaçã o sobre um texto já crescido além dos limites de um texto legislativo e discutido e reelaborado muitas vezes durante os capítulos anuais. A Rnb , pois, fruto de uma colabora ção dentro da fraternidade, um conjunto de vários estratos, em que se entrelaç am estruturas de pensamento e reda ções diversas4...