Os frades Capuchinhos, que vieram de Trento, na Itália, para fundar a Província dos Capuchinhos de São Paulo, sempre foram muito estudiosos. Todos os conventos e outras casas da Província sempre tiveram boas bibliotecas em nosso Estado.
Entretanto, pelas Constituições da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, era proibida a entrada na Biblioteca (que até ficava dentro da clausura) para qualquer leigo ou mesmo para os frades que não tivessem terminado sua formação. Quando essa disposição foi mudada, no Capítulo Geral de 1968, começamos a pensar em uma maneira de colocar a riqueza de nossos livros mais à disposição de todas as pessoas que pudessem aproveitar.
Uma primeira tentativa já tinha sido feita a partir de 1966 no Seminário de Nova Veneza.
Foi assim que pensamos em uma Biblioteca Central. Só conseguimos iniciar sua instalação depois que foi fechado o Seminário São Fidélis, em Piracicaba.
No começo da década de 1980, Frei Sermo Dorizotto fez uma reforma do antigo refeitório do Seminário e de uma seção de banheiros. A entrada da biblioteca foi instalada no primeiro andar e o acervo de livros ficou nas amplas instalações do térreo. Nessa ocasião foi transferida toda a biblioteca do Seminário de Nova Veneza e as diversas fraternidades, principalmente o convento de São Paulo e o de Mococa, que também tinha sido fechado, puderam contribuir com grande parte dos livros e das estantes.
No dia 30 de novembro de 1985, foi feita a inauguração solene. Quem a presidiu foi o Ministro Geral, Frei Flávio Roberto Carraro. Na ocasião, um discurso de Frei José Carlos Corrêa Pedroso, então Definidor Geral, deu as linhas para o que seria a Biblioteca do futuro Centro Franciscano de Espiritualidade em Piracicaba.
Foi a partir de 1990 que pudemos contratar bibliotecárias especializadas e, sob a direção de Frei José Carlos Pedroso, então superior da casa, começar a organização sistemática e, depois, eletrônica, de nossa Biblioteca.
O acervo continuou a crescer. A Província sempre reservou uma verba mensal para a aquisição de livros, os frades continuaram a colaborar e fizemos algumas importantes trocas de livros.
Hoje, temos um acervo de mais de 50.000 livros, praticamente todos catalogados eletronicamente. Abrangemos todos os assuntos, mesmo científicos e literários. A seção de Franciscanismo conta com mais de cinco mil livros, sem contar as revistas especializadas, uma das principais fontes de estudos.