Página de Estudos das Fontes Pesquisadas

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TEXTO ORIGINAL

Bulla Canonizationis - 5

5). Ne vero sibi soli proficeret in monte tantummodo Rachel amplexibus inhaerendo, contemplationi pulchrae quidem, sed sterili, ad Liae interdictum descendit cubiculum, minaturus gregem gemellis foetibus foecundatum ad intcriora deserti pro vitae pascuis perquirendis, ut illic, ubi manna coelestis dulcedinis reficit a Saecularium strepitu segregatos, cum lacrymarum effusione semina sua mittens (Ps 125,5-6), cum exultatione manipulos ad aeternitatis horrea reportaret cum populi sui Principibus collocandus, corona justitiae coronatus. Qui nimirum non quae sua sunt, quaerens (Phil 2,21), sed potius quae sunt Christi, et eidem velut apis argumentosa deserviens, nec non quasi Stella matutina in medio nebulae (Sir 50,6-7), ac quasi Luna plena in diebus suis; et sicut Sol in Ecclesia Dei fulgens lampadem, et tubam in manus assumpsit, ut lucentium operum documentis humiles attraheret ad gratiam, et protervos a noxiis retraheret excessibus dura increpatione terrendo. Ac sic virtute charitatis afflatus, in castra Madianitarum Ecclesiae judicium declinantium per contemptum, eo juvante, qui dum virginali utero clauderetur, Mundum suo circuibat imperio universum, intrepidus irruit; et abstulit arma, in quibus confidebat fortis armatus atrium suum custodiens; et distribuit spolia, quae tenebat (Lc 11,12); ejusque captivitatem, captivam reduxit (Eph 4,8) in obsequium Jesu Christi.

TEXTO TRADUZIDO

Bula de Canonização - 5

5). Mas, para não ajudar somente a si mesmo lá na montanha, unido apenas no abraço de Raquel, bela mas estéril, isto é, na contemplação, desceu para o quarto proibido de Lia (Cfr. Gn 29), para conduzir o rebanho fecundo de filhos gêmeos através do deserto, procurando para eles as pastagens de vida, a fim de que, lá, onde o alimento é o maná celeste para os que se apartaram do estrépito do mundo, enterrando suas sementes com abundância de lágrimas (Sl 125, 5-6), pudesse colher exultando, os feixes para o celeiro da eternidade, ele destinado a ser colocado entre os príncipes de seu povo, coroado com a coroa de justiça.
É certo que ele não buscou seus próprios interesses mas antes o de Cristo (Fl 3,21), e o serviu como abelha industriosa; e, como estrela da manhã que aparece no meio das nuvens e como lua nos dias de seu pleno esplendor (Sl 50,6), e como sol resplandecente na Igreja de Deus, tomou em suas mãos a lâmpada e a trombeta para chamar para a graça os humildes com as provas de suas obras luminosas, e retirar os calejados no mal de suas graves culpas aterrando-os com uma dura reprovação. 
Assim, inspirado pela virtude da caridade, irrompeu intrepidamente no acampamento dos madianitas, isto é, daqueles que evitam o juízo da Igreja por desprezo, com a ajuda daquele que, enquanto estava fechado dentro do seio da Virgem, atingia o mundo inteiro com o seu domínio; e arrebatou as armas em que punha sua confiança o forte armado que guardava sua casa (Lc 11,21-22), e distribuiu os despojos que ele mantinha, levando como escrava a escravidão (Ef 4,8) dele em homenagem a Jesus Cristo.