Página de Estudos das Fontes Pesquisadas

  • Fontes Franciscanas
  • Fontes Biográficas
  • Espelho da Perfeição Menor

TEXTO ORIGINAL

Speculum Perfectionis (minus) - 6

[6]
1 Beato Francisco revelavit Dominus salutationem, quam deberet facere, sicut ipse scribi fecit in testamento suo dicens: 2 “Dominus mihi revelavit ut deberem dicere pro salutatione: “Dominus det tibi pacem (cfr.  Num 6,26; 2The 3,16)”. 3 Unde in primordio religionis, cum iret beatus Franciscus cum quodam fratre, qui fuit unus de primis. XII. fratribus, ille frater salutabat homines et mulieres per viam et eos qui erant in agris, dicens: “Dominus det tibi, vel vobis, pacem (cfr. 2The 3,16)”. 4 Et quia homines non audierant adhuc fieri ab aliquibus religiosis talem salutationem, plurimum inde mirabantur; 5 immo aliqui homines quasi cum indignatione illis dicebant: “Quid sibi ista talis salutatio (cfr. Luc 1,29) vult” ? 6 ita quod frater ille cepit inde plurimum verecundari, 7  unde dixit beato Francisco: “Dimitte me, frater, aliam salutationem facere”. 8 Dixit ad eum beatus Franciscus: “Dimitte illos dicere, quia non percipiunt, que Dei sunt (cfr. 1Cor 2,14); 9 sed noli inde verecundari, quoniam dico tibi, frater, quod adhuc nobiles et principes huius seculi de huiusmodi salutatione tibi et aliis fratribus reverentiam exhibebunt”.

TEXTO TRADUZIDO

Espelho da Perfeição Menor - 6

[6]
1 O Senhor revelou ao bem-aventurado Francisco a saudação que devia dizer, conforme mandou escrever no seu testamento, dizendo: 2 “O Senhor me revelou que, como saudação, eu deveria dizer: “O Senhor te dê a paz” (cf. Nm 6,26; 2Ts 3,16). 3 Por isso, nos primórdi­os da religião, quando o bem-aventurado Francisco ia com um frade, que foi um dos primeiros doze irmãos, este frade saudava homens e mulheres pelo caminho e os que estavam nos campos, dizendo: “O Senhor te dê, ou, vos dê a paz” (cf. 2Ts 3,16). 4 E porque ainda não tinham ouvido um religioso fazer tal saudação, as pessoas admiravam-se muito. 5 E até, quase com indignação, algumas pessoas lhe diziam: “Que saudação é esta?” (cf. Lc 1,29). 6 Tanto que o dito frade começou a envergonhar-se muito, 7 dizendo ao bem-aventurado Francisco: “Irmão, permite-me fazer outra saudação”. 8 O bem-aventurado Francisco disse-lhe: “Deixa-os falar, porque não percebem as coisas que são de Deus (cf. 1Cor 2,14). 9 E não te en­vergonhes, pois eu te digo, irmão, que até os nobres e príncipes deste mundo hão de manifestar respeito a ti e aos outros irmãos por causa desta saudação”.