Página de Estudos das Fontes Pesquisadas

  • Fontes Clarianas
  • Formas de Vida para as Clarissas
  • Regra de Urbano IV

TEXTO ORIGINAL

Regra de Urbano IV - 7

Caput VII 
17 Ubi proprius fuerit Capellanus pro Missarum solemniis, et Divinis Officiis celebrandis habitu, et vita Religiosus sit, ac bonae famae; nec juvenilis, sed maturae, et idoneae sit aetatis: ubi autem non fuerit proprius Cappellanus, a quolibet bona fama, et honestae vitae Presbytero Sorores Missam audire possint. 
Ponitentiam vero, et alia Sacramenta Ecclesiastica a Fratribus Ordinis Minorum dumtaxat recipiant; vel ab eis recipiant, qui de mandato, seu auctoritate Cardinalis, cui generaliter fuerit iste Ordo commissus, ea exhibendi potestatem habuerint; nisi forte in necessitatis articulo fuerit aliqua constituta, et copiam habere Fratrum nequiverit praedictorum. 
Cum aliqua Sacerdoti de confessione loqui voluerit, per Locutorium sola soli confessionem faciat Sacerdoti; et per illud eidem de his, quae ad confessìonem pertinent, tunc loquatur. Confessionem autem Regulae omnes faciant ad minus singulis Mensibus; et sic confessione praemissa in sequentibus solemnitatibus, videlicet in Nativitate Domini, Purificatione Beatae Mariae, in initio Quadragesimae, Resurrectionis Domini, Pentecostes, in Festis Sanctorum Petri et Pauli, Sanctae Clarae, Sancti Francisci, et omnium Sanctorum recipiant Dominici Corporis Sacramentum. 
18 Si tamen aliqua Soror tanta fuerit corporis infirmitate detenta, quod ad Locutorium commode venire non possìt, et necessitatem habuerit confiteri, vel Dominici Corporis, seu alia recipere Sacramenta; exhibiturus hujusmodi alba, et stola, et manipulo cum duobus idoneis, et Religiosis sociis, vel uno ad minus alba, vel saltem superpelliceo vestitus ingrediantur, et morentur induti; et audita Confessione, vel alio tradito Sacramento, sicut ingressi fuerint, sic regrediantur induti; nec moram ibi faciant longiorem. Caveant etiam, ut quandiu intra Monasterium fuerint, nullatenus ab invicem separentur, quin semper mutuo possint libere se videre. Sic quoque se habeant in animae commendatione. 
19 Porro ad exequias circa sepulturam agendas sacerdos non ingrediatur Claustrum, sed exterius in Cappella quod ad officium pertinet, exequatur. Tamen si Abbatissae, et conventui visum fuerit, quod ad exequias debeat introire, modo supradicto cum sociis intret indutus, et sepulta mortua, cum eis exeat sine mora. 
Si autem necesse fuerit ut ingrediantur aliqui ad fodiendam vel ad aperiendam sepulturam, seu postmodum coaptandam; et Abbatissae, et conventui visum fuerit hoc expediens propter imbecillitatem Sororum, sit Sacerdoti, vel alicui alii ad hoc idoneo, et honesto cum uno socio, vel duobus licitum introire.

TEXTO TRADUZIDO

Regra de Urbano IV - 7

Cap. VII - [O serviço na igreja, os sacramentos, a sepultura] 
17 Onde houver capelão próprio para a celebração da Missa e dos Ofícios Divinos, que este seja religioso no hábito e na vida, de boa reputação e não demasiado jovem, mas de idade conveniente e madura. Onde não houver capelão particular, as Irmãs podem participar na Missa de qualquer sacerdote de boa reputação e vida honesta. 
Quanto à confissão e outros sacramentos eclesiásticos, recebam-nos somente dos frades da Ordem dos Menores, ou dos que tiverem a faculdade para os administrar por mandato e autoridade do Cardeal Protetor, a não ser que numa situação de urgente necessidade não se possa recorrer aos frades mencionados. 
Quando alguma precisar de ser ouvida em confissão procure o sacerdote para ser ouvida no locutório sobre os assuntos referentes à confissão. Confessem-se de acordo com a Regra ao menos uma vez por mês. Depois podem receber o sacramento do Corpo e Sangue do Senhor nas seguintes solenidades: Natal, Purificação da Bem-aventurada Virgem Maria, no princípio da Quaresma, na Ressurreição do Senhor, em Pentecostes, nas festas de São Pedro e São Paulo, Santa Clara, São Francisco e Todos-os-Santos. 
18 Quando uma Irmã sofrer de doença tão grave que esteja impedida de se deslocar ao locutório e sinta urgência em se confessar ou receber o Corpo e Sangue do Senhor ou outro sacramento, pode solicitar a presença do sacerdote encarregado de administrar os sacramentos. Neste caso o sacerdote deve entrar de alva, estola e manípulo, acompanhado de dois religiosos idôneos, vestindo um deles também alva ou sobrepeliz, ficando assim vestidos enquanto permanecerem dentro da clausura. Depois de administrados os sacramentos, saiam vestidos como entraram e não se detenham ali por mais tempo. Não se separem uns dos outros, de forma que sempre se possam ver juntos. Do mesmo modo se deve proceder na encomendação de uma alma. 
19 O sacerdote não deve entrar na clausura para celebrar as exéquias, antes deve oficiar do lado de fora, na capela. No entanto, se a abadessa e comunidade acharem conveniente que o sacerdote entre, proceda-se da forma indicada no respeitante às vestes litúrgicas e aos acompanhantes até à saída depois de sepultada a defunta. 
Se, por causa da debilidade das Irmãs, parecer conveniente à abadessa e à comunidade a entrada de alguém para cavar e fechar a sepultura, solicite-se a entrada de um sacerdote ou outra pessoa séria, com mais um ou dois acompanhantes.