Página de Estudos das Fontes Pesquisadas

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  • Formas de Vida para as Clarissas
  • Regra de Urbano IV

TEXTO ORIGINAL

Regra de Urbano IV - 13

Caput XIII 
26 In quolibet monasterio unum tantum ostium habeant ad intrandum claustrum et exeundum, cum opportunum fuerit, juxta legem de ingressu et egressu positam in hac Forma. In quo ostio nullum sit ostiolum vel fenestra., et istud ostium in sublimi quanto magis fieri poterit congruenter; ita quod ad ipsum per scalam levatoriam exterius ascendatur; quae scala per catenam ferream ex parte sororum studiose ligata a completorio dicto usque ad Primam sequentis diei continue sit suspenfa, et tempore diurnae dormitionis et visitationis; nisi aliud interdum evidens requirat necessitas vel utilitas manifesta. 
Ad praedictum autem ostium custodiendum aliqua talis ex sororibus deputetur quae Deum timeat, sit matura moribus, sit diligens ac discreta; sitque convenientis aetatis, quae unam ipsius ostii clavem sic diligenter custodiat, ut numquam ea vel ejus socia ignorante ostium aliquando valeat aperiri: reliquam vero clavem diversam ab illa custodiat abbatissa. Sit et alia aeque idonea ei socia deputata, quae ejus vicem in omnibus exequatur, cum ipsa aliqua rationabili causa vel occupatione necessaria occupata fuerit vel detenta. Caveant autem studiosissime et procurent ne umquam ostium stet apertum, nisi quantum fieri poterit congruenter. 
27 Sit autem ostium seris ferreis et vectibus optime cornmunitum; et sine custodia apertum, vel clausum minime dimittatur, neque etiam ad momentum, nisi una clave in die, et in nocte duabus sit firmiter obseratum: nec omni pulsanti aperiatur statim, nisi indubitanter cognoverit quod talis sit, quod sine dubitatione aliqua secundum mandatum, quod de ingressuris in hac Regula continetur, debeat aperiri. Et nulli liceat ibi loqui, nisi soli ostiariae de his quae ad officium pertinebunt. 
Quod si aliquando intra monasterium opus aliquod fuerit faciendum, ad quod agendum saeculares aliquos vel quascumque personas alias oporteat introire, provideat abbatissa solicite ut tunc, dum opus scilicet exercetur, aliqua persona conveniens ad custodiendum ostium statuatur, quae sic personis ad opus deputatis aperiat, quod alias intrare penitus non permittat. Nam sorores ipsae et tunc, et semper, quantumcumque rationabiliter praevaleant, studiosissime caveant ne a saecularibus vel extraneis personis videantur.

TEXTO TRADUZIDO

Regra de Urbano IV - 13

Cap. XIII - [A porta do mosteiro] 
26 Cada mosteiro tenha uma só porta para entrar e sair da clausura em caso de necessidade, de acordo com o que está estabelecido nesta Forma de Vida. A porta não deve ter postigo ou janela e deve estar colocada de tal forma elevada, que seja necessário o uso de uma escada levadiça segura por uma corrente de ferro do lado das Irmãs. A escada deve estar levantada desde as Completas até à hora de Prima do dia seguinte, durante o tempo do descanso da tarde e durante a visita, a não ser que uma necessidade evidente aconselhe outra coisa. 
A guarda da porta deve estar confiada a uma irmã temente a Deus, madura de costumes, diligente e discreta e de idade conveniente. Uma das chaves deve ser cuidadosamente guardada por ela, de maneira que a porta nunca se abra sem o conhecimento seu ou da sua substituta. A outra chave, diferente desta, deve ser guardada pela abadessa. Escolha-se também uma outra irmã dotada das mesmas qualidades que a porteira, para a substituir em tudo, sempre que esteja impedida por um motivo razoável ou ocupação urgente. 
27 A porta deve estar bem segura com fechaduras e ferrolhos de ferro e nunca se deixe sem vigilância, a não ser quando está fechada com uma chave durante o dia e com duas durante a noite. E só se abra às pessoas indicadas, de acordo com o que ficou estipulado nesta regra acerca das entradas na clausura. E aí não se mantenham conversas, exceção feita para a porteira e só nos assuntos do seu ofício. 
No caso de obras necessárias dentro do mosteiro a realizar por seculares ou outras pessoas, deve a abadessa providenciar para que seja designada uma outra pessoa de confiança que guarde a porta durante as obras, abrindo-a só aos trabalhadores. Proceda-se desta maneira para evitar que as Irmãs sejam vistas por seculares ou por outras pessoas estranhas.