Página de Estudos das Fontes Pesquisadas

  • Fontes Clarianas
  • Formas de Vida para as Clarissas
  • Forma de Vida de Inocêncio IV

TEXTO ORIGINAL

Forma de Vida de Inocêncio IV - 3

3. Silentium continuum sic continue ab omnibus teneatur (C tenentur), ut sibi invicem nec alicui alii sine licentia eis loqui liceat. Attendat tamen sollicite abbatissa, ubi, quando et qualiter sororibus loquendi licentiam largiatur. Omnes autem uti studeant signis religiosis pariter et honestis. 
Sane quando aliqua persona religiosa seu saecularis vel cuiuslibet dignitatis alicui de sororibus loqui petierit, nuntietur primitus abbatissae; et si ipsa concesserit, accedens ad locutorium, duas alias ad minus habeat semper secum, quibus iusserit abbatissa, quae loquentem videant et audire valeant quae dicuntur. 
Hoc autem firmiter observetur ab omnibus, ut, quando de confessione sacerdoti interius infirma fuerit aliqua locutura, non loquatur nisi ad minus duabus non longe sedentibus, quae confitentem et confessorem videre possint, ab eisdem pariter et videri. 
Hanc autem loquendi legem et ipsa abbatissa diligenter custodiat, ut omnis omnino materia detractionis omnibus auferatur, excepto quod cum sororibus suis horis et locis competentibus loqui potest, sicut ei secundum Deum visum fuerit expedire. Sorores vero infirmae ac servientes eisdem, iuxta dispositionem abbatissae, infirmitatis suae tempore in infirmitorio loqui possunt.

TEXTO TRADUZIDO

Forma de Vida de Inocêncio IV - 3

[Silêncio e recolhimento] 
3. O silêncio contínuo deve ser de tal maneira continuamente observado por todas que não lhes seja lícito falar nem entre si nem com outras pessoas. Mas a abadessa cuidará com solicitude dos lugares, dos tempos e dos modos em que será dada às Irmãs licença de falar. E todas procurem usar sinais religiosos e decorosos. 
Quando alguma pessoa religiosa ou secular, de qualquer dignidade, pedir para falar com alguma das irmãs, avise-se primeiro a abadessa. Se esta o permitir, vá ao locutório, mas tenha consigo pelo menos mais duas, as que forem mandadas pela abadessa, que possam ver a que está falando e ouvir o que for dito. 
Isso seja firmemente observado por todas, de tal maneira que, quando alguma doente tiver que falar ao sacerdote sobre confissão dentro da clausura, não fale a não ser que haja pelo menos duas sentadas não longe, que possam ver a penitente e o confessor, e também possam ser vistas por eles. 
A própria abadessa observe diligentemente essa norma de falar, para que se tire absolutamente de todas qualquer matéria de detração; excetuando-se que pode falar com suas irmãs nas horas e lugares convenientes, como lhe parecer melhor segundo Deus. As irmãs doentes e as que as atendem podem falar na enfermaria durante o tempo da doença, como for disposto pela abadessa.