TEXTO ORIGINAL
7. Ubi proprius fuerit capellanus, habitu et vita religiosus sit ac bonae famae, nec multum iuvenis, sed idoneae sit aetatis. Qui capellanus, cum aliqua sororum tanta fuerit corporis infirmitate detenta quod ad locutorium commode venire non valeat et necesse habuerit confiteri vel Dominici Corporis seu alia recipere sacramenta, alba et stola ac manipulo, cum duobus idoneis et religiosis sociis, vel uno ad minus (C admodum) ingrediatur indutus, et audita confessione vel Dominici Corporis tardito sacramento, sic indutus, ut ingressus est, cum sociis exeat; nec moram ibi faciat longiorem, Caveant etiam ut, quandiu intra monasterium fuerint, nullatenus ab invicem separentur, quin semper mutuo possint libere se videre. Sic se etiam habeat in animae commendatione.
Porro ad exsequias circa sepulturam agendas non ingrediatur in claustrum, sed exterius in capella, quod ad illud officium pertinet, exsequatur. Tamen, si abbatissae visum fuerit, quod ad exsequias debeat introire, modo supradicto (E suprascripto) indutus intret, et, sepulta mortua, exeat cum sociis sine mora. Si autem necesse fuerit, ut ad aperiendam seu praeparandam sepulturam, seu postmodum coaptandam (C traptandam) ingrediatur, sit ei, vel alicui alii ad hoc idoneo et honesto, cum uno socio vel duobus, licitum introire.
Aliter vero monasterium ingredi non praesumat, sed, cum aliqua sibi de confessione loqui voluerit, per locutorium eam audiat et per illud eidem ipse de iis quae ad confessionem pertinent tunc loquatur.
Quae vero proprium non habuerint capellanum, a quolibet bonae famae et honestate vitae presbytero missam audire possint. Paenitentiam autem atque Dominici Corporis et alia ecclesiastica sacramenta, a fratribus Ordinis Minorum dumtaxat recipiant, nisi in periculosae necessitatis articulo aliqua constituta pro iis habere copiam fratrum nequiverit praedictorum.
Volumus etiam, ut in muro, qui sorores dividit a capella, congruentis formae cratis ferrea collocetur, cui crati pannus niger lineus interius taliter apponatur, ut nulla inde valeat exterius aliquid intueri. Habeat et ostia lignea ex parte sororum cum seris ferreis atque clavis, ut maneant semper clausa pariter et firmata, et non aperiantur nisi cum divinum celebratur Officium, vel ad audiendum aliquando verbum dei, proponendum sibi exterius in capellla per idoneam et honestam personam.
Et nemo alias per dictam cratem loquatur, nisi forte aliquando, causa rationabili vel necessaria exigente, alicui raro fuerit concedendum. Quod quandocumque aliquam personam extraneam ad eas ingredi vel alias per cratem eis loqui contigerit, tegant facies suas cum modestia et inclinent, prout religionis convenit honestati.
Pro Communione autem certis temporibus recipienda, ubi necesse fuerit, fenestra parvula fiat, cum ostiolo de lamina ferrea, sera et clavi semper firmato, per quam calix congrue possit dari et ministrari Dominici Corporis sacramentum. Et tantum distet a terra quod sacerdos commode illud ministerium inde valeat exhibere.
TEXTO TRADUZIDO
[O Capelão, o Confessor e a Clausura da igreja]
7. Onde houver capelão próprio, seja religioso de hábito e de vida, e de boa fama, não muito jovem, mas de idade idônea. Esse capelão, quando alguma irmã estiver detida por tal doença corporal que não possa ir comodamente ao locutório e precisar confessar-se ou receber o Corpo do Senhor ou outros sacramentos, entre vestido de alva, estola e manípulo, com dois companheiros idôneos e religiosos, ou pelo menos um. A assim vestido, como entrou saia com os companheiros, e aí não demore mais tempo. Tomem cuidado também para que, enquanto estiverem dentro do mosteiro, de maneira alguma se separem uns dos outros, de maneira que sempre possam enxergar-se livremente. Comporte-se da mesma maneira na encomendação da alma.
Para as exéquias junto da sepultura, não entre no claustro, mas faça fora, na capela, o que é próprio desse ofício. Entretanto, se parecer bem à abadessa que deva entrar para as exéquias, entre vestido do modo dito acima e, sepultada a morta, saia sem demora com os companheiros. Mas, se for necessário entrar para abrir ou preparar uma sepultura, ou depois para ajustá-la, seja-lhe permitido entrar, ou a outro idôneo para isso e honesto, com um ou dois companheiros.
Não se atreva a entrar no mosteiro por outros motivos, mas, quando alguma quiser falar com ele sobre confissão, ouça-a pelo locutório e por aí fale com ela do que for relativo à confissão.
As que não tiverem capelão próprio poderão assistir missa de qualquer presbítero de boa fama e vida honesta. Mas só recebam a penitência e o sacramento do Corpo do Senhor, ou outros, dos frades da Ordem dos Menores, a não ser que alguma, em situação de perigosa necessidade, não puder ter para isso à mão os referidos frades.
Também queremos que, de forma conveniente, se coloque na parede que divide as irmãs da capela uma grade de ferro, na qual se aplique por dentro um pano de linho preto, de maneira que ninguém possa ver coisa alguma lá fora. Além disso, tenha portas de madeira no lado das irmãs, com fechaduras de ferro e chave, para ficar sempre fechadas e firmes. E não se abram, a não ser quando se celebra o Ofício, ou para ouvir alguma vez a palavra de Deus, que lhes será proposta fora, na capela, por pessoa idônea e honesta.
E ninguém, aliás, fale por essa grade, a não ser quando, raramente, por causa razoável e necessária, isso tiver que ser concedido a alguém. E quando acontecer de alguma pessoa estranha entrar junto a elas ou lhes falar pela grade, cubram e inclinem seus rostos com modéstia, como convém à honestidade religiosa.
Para receber a Comunhão nos tempos determinados, onde for necessário, faça-se uma janelinha, com uma portinha de lâmina de ferro, sempre fechada com tranca e chave, pela qual se possa dar convenientemente o cálice e ministrar o sacramento do Corpo do Senhor. E esteja a tal altura do chão que o sacerdote possa prestar o ministério comodamente.