Página de Estudos das Fontes Pesquisadas

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  • Legenda dos Três Companheiros

TEXTO ORIGINAL

Legenda Trium Sociorum - 58

58. 
1 Admonebat etiam fratres ut nullum hominem iudicarent neque despicerent illos qui delicate vivunt et curiose ac superflue induuntur: nam Deus est noster et ipsorum Dominus potens illos ad se vocare et vocatos iustificare (cfr. Rom 8,30). 
2 Dicebat etiam quod volebat ut fratres revererentur tales sicut fratres et dominos suos, quia fratres sunt in quantum ab uno creatore creati, domini sunt in quantum bonos adiuvant ad poenitentiam faciendam eis necessaria corporis ministrantes, 
3 haec quoque dicens addebat: “Talis deberet esse fratrum conversatio inter gentes ut quicumque audiret vel videret eos glorificaret Patrem caelestem (cfr. Mat 5,16) et devote laudaret”. 
4 Magnum namque desiderium eius erat ut tam ipse quam fratres sui talibus operibus abundarent pro quibus Dominus laudaretur, et dicebat illis: “Sicut pacem annuntiatis ore, sic in cordibus vestris et amplius habeatis. 
5 Nullus per vos provocetur ad iram vel scandalum, sed omnes per mansuetudinem vestram ad pacem, benignitatem et concordiam provocentur. 
6 Nam ad hoc vocati sumus ut vulneratos curemus, alligemus confractos (cfr. Ez 34,4) et erroneos revocemus. 
7 Multi enim videntur nobis esse membra diaboli qui adhuc discipuli Christi erunt”.

TEXTO TRADUZIDO

Legenda dos Três Companheiros - 58

58. 
1 Advertia também os irmãos para não julgarem homem algum nem desprezarem os que vivem na moleza e se vestem curiosa e superfluamente: pois Deus é Senhor nosso e deles, e tem o poder de chamá-los a si e torná-los justos. 
2 Dizia também que queria que os irmãos os reverenciassem como irmãos e senhores, porque eles são irmãos enquanto criados pelo mesmo Criador, e são senhores enquanto ajudam os bons a fazer penitência, ministrando tudo o que é necessário ao corpo. 
3 E, dizendo estas coisas, acrescentava: “A vida dos irmãos entre os homens deveria ser tal que todo aquele que os visse e os escutasse, glorificasse e devotamente louvasse o Pai celeste”. 
4 Era seu grande desejo que ele e seus irmãos fossem tão abundantes em boas obras, que por elas o Senhor fosse louvado, e dizia-lhes: “Como anunciais a paz com a boca, assim deveis possuí-la ainda mais em vossos corações”. 
5 Ninguém seja por vós provocado à ira ou ao escândalo, mas todos, por vossa mansidão, sejam levados à paz, à bondade e à concórdia. 
6 Pois é para isto que fomos chamados: para curar os feridos, reanimar os abatidos e trazer de volta os que estão no erro. 
7 Pois muitos que agora parecem seguidores do diabo ainda virão a ser discípulos de Cristo”.