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8. Coelestia quaerentibus (1234)

Nesta carta, de 2 de dezembro de 1234, Gregório IX protege as Irmãs contra possíveis citações em juízo: ele tem força para isso. A carta fala de uma referência à Ordem e, pela primeira vez, chama-a de “Ordem de São Damião”. O texto latino foi tirado do BF I, pág. 143.

TEXTO ORIGINAL

8. Coelestia quaerentibus (1234)

Dillectis in Christo filiabus abatissae et monialibus inclusis Ordinis Sancti Damiani de Assisio salutem et apostolicam benedictionem. 

1 Coelestia quaerentibus, terrenis contemptui derelictis, libenter illud speciale favoris presidium impendimus, quod eis pacis, et quietis producere gratiam sentiamus. Eapropter, dilectae in Christo filiae, praesentium vobis auctoritate concedimus, ut a quoquam conveniri per litteras apostólicas non possitis, nisi de indulgentia hujusmodi, et Ordine vestro expressam fecerint mentionem. 
2 Nulli ergo omnino hominum liceat hanc paginam nostrae concessionis infringere, vel ei ausu temerário contraire; si quis autem hoc attentare praesumpserit, indignationem Omnipotentis Dei, ac Beatorum Petri et Pauli apostolorum ejus noverit incursurum. 
Datum Perusiis quarto nonas Decembris, pontificatus nostri anno octavo.

TEXTO TRADUZIDO

8. Coelestia quaerentibus (1234)

Às diletas filhas em Cristo, a abadessa e as monjas da Ordem de São Damião de Assis, saudação e bênção apostólica. 

1 Às que buscam as coisas celestes, depois de ter deixado por desprezo as terrenas, nós concedemos de boa vontade o especial indulto que lhes produz a graça da paz e do sossego. Por isso, diletas filhas em Cristo, com a autoridade deste escrito, nós vos concedemos que não possais de modo algum ser citadas em processos, nem mesmo por Cartas apostólicas a não ser que elas digam claramente que se trata de indulto especial e façam menção expressa da vossa Ordem. 
2 Portanto, não seja lícito a ninguém infringir este documento de nossa concessão, ou ousar contradizê-lo temerariamente. Mas se alguém tentar fazer isso saiba que há de incorrer na ira de Deus onipotente e de seus apóstolos Pedro e Paulo. 
Dado em Perusa, no quarto dia antes das Nonas de dezembro, no oitavo ano de nosso pontificado.