Página de Estudos das Fontes Pesquisadas

  • Fontes Clarianas
  • Fontes Históricas
  • Legendas
  • Legenda de Santa Clara Virgem

TEXTO ORIGINAL

Legenda Sanctae Clarae Virginis - 25

25 Miram conversionem satis est miranda defensio subsecuta. Cum enim felices sorores apud ecclesiam S. Angeli de Panso Christi vestigiis inhaererent, atque illa quae plus de Domino sentiebat, suam erudiret novitiam et germanam, repente contra puellas nova consanguineorum proelia suscitantur. Audientes enim Agnetem ad Claram transisse, currunt ad locum sequenti die duodecim viri furore succensi et conceptam malitiam dissimulantes exterius, pacificum praetendunt ingressum. 
Moxque ad Agnetem conversi, nam de Clara iam antea desperaverant: Quid tu, inquiunt, ad locum istum venisti? Festina quantocius domum redire nobiscum. Qua respondente nolle se a sorore sua Clara discedere, irruit in eam miles unus animo efferato et pugnis calcibusque non parcens, eam per capillos abstrahere conabatur, ceteris impellentibus et suis brachiis levantibus eam. Ad quod invencula dum quasi a leonibus capta de manu Domini raperetur exclamat dicens: Adiuva me, soror charissima, nec me Christo Domino tolli permittas. 
Cum ergo violenti praedones adulescentulam renitentem per devexum montis abstraherent, vestes abrumperent, vias crinium laceratione complerent, Clara cum lacrymis in oratione procumbens, petit sorori mentis constantiam tribui, petit vires hominum divina potentia superari.

TEXTO TRADUZIDO

Legenda de Santa Clara Virgem - 25

25 À conversão maravilhosa seguiu-se não menos maravilhosa defesa. Quando as felizes irmãs estavam na igreja de Santo Ângelo de Panço, aplicadas em seguir as pegadas de Cristo, e a que mais sabia do Senhor instruía sua irmã e noviça, de repente levantaram-se contra as jovens novos ataques dos familiares. Sabendo que Inês tinha ido para junto de Clara, correram no dia seguinte ao lugar doze homens acesos de fúria e, dissimulando a malvadeza por fora, apresentaram-se para uma visita de paz. 
Logo, voltando-se para Inês, pois de Clara já antes tinham perdido a esperança, disseram: “Por que veio a este lugar? Volte quanto antes para casa conosco”. Quando ela respondeu que não queria separar-se de sua irmã Clara, lançou-se sobre ela um cavaleiro enfurecido e, a socos e pontapés, queria arrastá-la pelos cabelos, enquanto os outros a empurravam e levantavam nos braços. Diante disso, a jovem, vendo-se arrancada das mãos do Senhor, como presa de leões, gritou: “Ajude-me, irmã querida, não deixe que me separem de Cristo Senhor”. 
Os violentos atacantes arrastaram a jovem renitente pela ladeira, rasgando a roupa e enchendo o caminho de cabelos arrancados. Clara prostrou-se numa oração em lágrimas, pedindo que a irmã mantivesse a constância e suplicando que a força daqueles homens fosse superada pelo poder de Deus.