Página de Estudos das Fontes Pesquisadas

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TEXTO ORIGINAL

Compilação de Assis - 46

[46] 
1 Communem professionem et Regulam ardentissime zelabatur; et qui circa illam essent zelotes singulari benedictione donavit. 
2 Hanc enim suis dicebat librum vite (cfr. Sir 24,32; Apoc 3,5), spem salutis (cfr. 1The 5,8), medullam Evangelii, viam perfectionis, clavem paradisi, pactum eterni federis (cfr. Gen 17,13). 
3 Hanc volebat haberi ab omnibus, sciri ab omnibus, et ubique in allocutione[m] tedii (cfr. Sap 8,9) et memoriam prestiti iuramenti cum interiori homine (cfr. Rom 7,22; Eph 3,16) fabulari. 
4 Docuit eam semper in communitionem agende vite portari pre oculis, quodque plus est, cum ipsa debere mori. 
5 Cuius instituti non immemor, quidam frater laicus, quem inter martyrum numerum credimus esse colendum, palmam assecutus [est] gloriose victorie. 
6 Nam cum a Sarracenis ad martyrium peteretur, summis manibus Regulam tenens, genibus humiliter incurvatis, socio dixit: 
7 ”De omnibus que contra istam Regulam feci, frater carissime, ante oculos maiestatis (cfr. Is 3,8) et coram te, culpabilem me proclamo”. 
8 Successit brevi confessioni gladius, quo martyrio vitam finivit, signis et prodigiis (cfr. 2Cor 12,12) postmodum claruit. 
9 Hic iuvenculus intraverat Ordinem adeo ut ieiunium regulare ferre vix posset, cum tamen loricam ad carnem sic puerulus deferebat. 
10 Felix puer, qui feliciter incepit, ut felicius consummaret (cfr. Sir 18,6).

TEXTO TRADUZIDO

Compilação de Assis - 46

[46] 
1 Zelava com muito ardor pela profissão da Regra comum, e deu uma bênção especial aos que eram zelosos por ela. 
2 Pois dizia aos seus que ela era o livro da vida, a esperança da salvação, a medula do Evangelho, o caminho da perfeição, a chave do paraíso, o pacto da eterna aliança. 
3 Queria que todos a tivessem, que todas a soubessem e, em toda parte servisse para conversar com o homem interior como um impulso na indolência e lembrança do juramento feito. 
4 Ensinou a tê-la sempre diante dos olhos para recordar como deviam agir e, o que é mais, que deviam morrer com ela. 
5 Houve um irmão leigo que não se esqueceu dessa recomendação, e que nós cremos que deve ser venerado entre os mártires, pois conseguiu a palma da vitória gloriosa. 
6 Pois quando os sarracenos o levaram para o martírio, segurou a Regra nas mãos levantadas, dobrou humildemente os joelhos e disse ao companheiro: 
7 ”Irmão querido, eu me proclamo culpado diante dos olhos da majestade e diante de ti por todas as coisas que fiz contra esta Regra”. 
8 À breve confissão seguiu-se a espada, pelo qual terminou a vida terminou em martírio, ficando conhecido mais tarde pelos sinais e prodígios. 
9 Tinha entrado tão jovem na ordem que mal podia suportar o jejum regular. No entanto, apesar de quase criança, levava um cilício sobre a carne. 
10 Feliz menino, que começou bem para terminar ainda melhor.