TEXTO ORIGINAL
Caput 30. Quod reputabat furtum non dare mantellum magis egenti.
1 Cum semel reverteretur de Senis, pauperem quemdam obvium habuit, et ait socio: “Oportet ut reddamus mantellum pauperculo cujus est; mutuo enim ipsumaccepimus (cfr. Luc 6,34), donec pauperiorem nobis inveniremus”.
2 Socius autem, considerans pii patris necessitatem, pertinaciter obsistebat ne provideret alteri, se neglecto. 3 Cui dixit sanctus: “Ego nolo esse fur (cfr. Ioa 12,6), nam pro furto nobis imputaretur si non daremus ipsum magis egenti”. Sicque pater pius mantellum pauperi condonavit.
TEXTO TRADUZIDO
Capítulo 30. Considerava roubo não dar o manto a quem tivesse mais necessidade.
1 Uma vez, ao regressar de Sena, encontrou um pobre e disse ao companheiro: “Precisamos devolver o manto ao pobrezinho a quem pertence; nós o tomamos emprestado (cf. Lc 6,34) até encontrarmos alguém mais pobre do que nós”. 2 Mas o companheiro, considerando a necessidade do piedoso pai, opunha-se tenazmente a que ele cuidasse do outro em prejuízo seu. 3 O santo disse-lhe: “Não quero ser ladrão (cf. Jo 12,6). De fato, seremos acusados de furto, se não o dermos ao mais necessitado”. E assim, o piedoso pai deu o manto ao pobre.