TEXTO ORIGINAL
Caput 75. Quod voluit omnino quod fratres omnes laborarent interdum manibus suis.
1 Tepidos nulli se negotio familiariter et humiliter applicantes dicebat evomendos esse cito de ore (cfr. Apoc 3,16) Domini: nullus coram eo otiosus poterat comparere, quin statim mordaci dente ipsum corriperet. 2 Siquidem ipse omnis perfectionis exemplar, manibus suis (cfr. 1The 4,11) humiliter laborabat, nil permittens effluere de optimo temporis dono.
3 Dicebat enim: “Volo omnes fratres meos laborare et exercitari humiliter in operibus bonis, ut minus simus hominibus onerosi, et ne cor aut lingua in otio evagetur; qui vero nihil sciunt operari, addiscant”.
4 Lucrum vero et mercedem de labore non laborantis, sed guardiani vel familiae arbitrio committendum esse dicebat.
TEXTO TRADUZIDO
Capítulo 75. Queria absolutamente que, de vez em quando, todos os frades trabalhassem com suas mãos.
1 Dizia que as tíbios, que não se aplicavam com diligência e humildade a nenhum trabalho, logo seriam vomitados da boca (cf. Ap 3,16) do Senhor: nenhum ocioso podia comparecer diante dele, sem logo ser repreendido com palavras mordazes. 2 Com efeito, sendo ele modelo de toda a perfeição, trabalhava humildemente com suas mãos (cf. 1Ts 4,11), não consentindo que nada se perdesse do precioso dom do tempo.
3 Pois dizia: “Quero que todos os meus frades trabalhem e se exercitem humildemente em boas obras, para sermos menos pesados para as pessoas e para que o coração ou a língua não vagueiem na ociosidade; os que não sabem trabalhar, aprendam”.
4 Dizia ainda que a lucro e a recompensa pelo trabalho não deviam estar à disposição de quem trabalhou, mas do guardião ou da comunidade.