TEXTO ORIGINAL
II. - De caecis visum recipientibus.
136.
1 Mulier quaedam, Sibilia nomine, caecitatem oculorum per plures annos perpessa, ad sepulcrum viri Dei caeca tristis adducitur.
2 Recuperato vero pristino lumine, gaudens et exsultans domum revertitur.
3 Caecus quidam de Spello, coram tumulo sacri corporis, visum diu perditum reinvenit.
4 Alia vero mulier de Camerino, cum esset dextri oculi lumine privata ex toto, pannum quem beatus Franciscus tetigerat, parentes eius super perditum oculum posuerunt, et sic voto facto, de recuperato lumine Domino Deo et sancto Francisco gratias persolverunt.
5 Simile aliquid cuidam mulieri de Eugubio accidit, quae voto facto, lucem pristinam se rehabere laetatur.
6 Civis quidam de Assisio per quinquennium perdito lumine oculorum, quia cum adhuc viveret beatus Franciscus familiaris fuerat ei, semper cum oraret beatum virum, pristinam familiaritatem commemorans, ad tactum sepulcri eius exstitit liberatus.
7 Albertinus quidam de Narnio fere per annum oculorum lumen ex toto amiserat, ita quod palpebrae usque ad genas dependerent.
8 Qui beato Francisco se vovit, et statim, lumine reparato, ad gloriosum sepulcrum eius visitandum se praeparavit et venit.
TEXTO TRADUZIDO
II. Dos cegos que receberam a visão
136.
1 Uma mulher chamada Sibila, cega havia muitos anos e, por isso, muito triste, foi levada ao sepulcro do homem de Deus.
2 Recuperou a visão e voltou para casa alegre e exultante.
3 Um cego de Spello também recuperou a vista, perdida havia muitos anos, diante do sepulcro do corpo glorioso.
4 Uma mulher de Camerino tinha perdido toda a visão do olho direito. Seus parentes lhe puseram sobre o olho doente um pano que São Francisco tinha tocado e fizeram um voto. Depois deram graças ao Senhor Deus e a São Francisco pela recuperação da vista.
5 Coisa semelhante sucedeu com uma mulher de Gúbio, que fez um voto e se alegrou com a recuperação da vista.
6 Um cidadão de Assis, que tinha sido conhecido de São Francisco durante toda a sua vida, perdera a visão havia cinco anos. Rezava sempre ao santo lembrando-lhe sua familiaridade. Tocou seu sepulcro, ficou livre da doença.
7 Um certo Albertino, de Narni, perdera de uma vez o uso da visão por quase um ano, e suas pálpebras lhe pendiam sobre o rosto. Encomendou-se a São Francisco e ficou imediatamente curado. Tratou então de ir visitar o sepulcro do glorioso santo.