Página de Estudos das Fontes Pesquisadas

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TEXTO ORIGINAL

Legenda Maior - VIII,4

4 
1 Detractionis quoque vitium inimicum fonti pietatis et gratiae tamquam serpentinum abhorrebat morsum et atrocissimam pestem et piissimo Deo abominabile fore firmabat, pro eo quod detector animarum sanguine pascitur, quas gladio linguae (cfr. Ps 56,5) necat. 
2 Audiens semel fratrem quemdam denigrare famam alterius, conversus ad vicarium suum dixit: 
3 ”Surge, surge, discute diligenter, et si accusatum fratrem innocentem repereris, accusantem dura correctione cunctis redde notabilem!”. 
4 Nonnumquam vero eum qui fratrem suum famae gloria spoliaret, indicabat habitu spoliandum, nec ad Deum oculos posse levare (cfr. Luc 18,13), nisi prius quod abstulerat reddere pro posse curaret. 
5 ”Tanto maior est”, aiebat, ”detractorum impietas quam latronum, quanto lex Christi, quae in observantia pietatis impletur, magis animarum quam corporum nos adstringit optare salutem”.

TEXTO TRADUZIDO

Legenda Maior - VIII,4

4 
1 Aborrecia-se com o vício da detração, inimigo da fonte de piedade e de graça, como se fosse a mordida de uma cobra, e afirmava que era uma peste muito atroz e abominável para o Deus piedosíssimo, porque o detrator se alimenta com o sangue das almas, matando-as com a espada da língua. 
2 Uma vez que ouviu um frade denegrindo a fama de outro, virou-se para seu vigário e disse: 
3 “Levanta-te, levanta-te, discute diligentemente, e se descobrires que o frade acusado é inocente, faz com que o acusador fique conhecido por todos pela dura correção!”. 
4 Mas algumas vezes mandou aquele que tinha despojado seu irmão da glória da fama fosse despojado do hábito e não pudesse elevar os olhos a Deus se antes não se esforçasse quanto possível para devolver o que tirara. 
5 Dizia: “A impiedade dos detratores é tanto maior que a dos ladrões quanto a lei de Cristo, que se cumpre com a observância da piedade, obriga-nos a optar mais pela salvação das almas que da dos corpos”.