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TEXTO ORIGINAL

Cronica de Frei Tomás de Eccleston - 26

26. [Apud Northamton primo collocavit fratres dominus Ricardus Gobiun miles extra portam orientalem in area sibi hereditarea iuxta ecclesiam sancti Edmundi, ubi parum post filius dicti patroni, Johannes nomine, recepit habitum, cuius ingressum parentes graviter ferentes praecepit dictus dominus fratribus, quod exierunt et vacuerunt aream suam. Quibus gardianus cum omni maturitate sic respondit: “Statuatur adolescens in medio, et quamcumque partem elegerit, illa pars firmetur”. Et assenserunt. Positus est igitur puer in medio chori, parentes ex una parte et fratres ex altera fuerant assistentes. Posita igitur electione a gardiano, cucurrit frater J. ad partem fratrum, amplectens pulpitum in brachiis, clamans: “Hic volo manere”. Paraverunt deinde se fratres ad exeundum, stante dicto domino extra portam expectando exitum: venerunt autem combinati processionaliter et exeuntes in fine sequebatur unus senex debilis portans unum psalterium in manu; quorum simplicitatem et humilitatem respiciens, divina inspiratione compunctus, prorupit in lacrymas, instante et devote clamans et petens, quod sibi parcerent et reintrarent; quod et fecerunt. Qui dictus dominus in posterum tanquam pater fratrum se habuit. Postea per cives villae introducti sunt in villam et locati ibi ubi adhuc manent].

TEXTO TRADUZIDO

Crônica de Frei Tomás de Eccleston - 26

26. [Em Northampton, um cavaleiro, Ricardo Gobium, alojou os frades em um terreno de sua herança fora da porta oriental, perto da igreja de Santo Edmundo, onde pouco depois o filho desse benfeitor, chamado João, recebeu o hábito. Mas os parentes ficaram perturbados por seu ingresso na Ordem e o pai ordenou que os frades saíssem de seu terreno e o deixassem livre. O guardião respondeu ponderadamente: “Vamos pôr o jovem no meio: a parte que ele escolher será aprovada”. Os parentes concordaram. Por isso o jovem foi posto no meio do coro, os pais de um lado e os frades do outro. Quando o guardião lhe disse que escolhesse, e Frei João correu para os frades, abraçou o púlpito e disse: “Quero ficar aqui”. Então os frades se prepararam para sair e o senhor ficou esperando fora da porta: eles vieram dois a dois em procissão, e no fim vinha um frade velho e fraco levando um saltério na mão. Vendo sua simplicidade e humildade, o senhor, comovido por divina inspiração, prorrompeu em lágrimas e lhes pediu devota e insistentemente que o perdoassem e voltassem; o que fizeram. Depois disso, o senhor foi como um pai dos frades. Mais tarde, foram levados para a cidade pelos cidadãos e colocados onde ainda estão morando].