Cronica de Frei Tomás de Eccleston - 69

69. Quartus fuit frater Thomas de Eboraco. Quintus frater Ricardus [Rufus] Cornubiensis, qui eo tempore, quo frater Helias totum turbavit ordinem, Parisius gressus est in eadem turbatione pendente apellatione, in Angliam constanter et devote professus. Postea legit cursorie sententias Parisius ubi magnus et admirabilis philosophus iudicatus est.

[Iste Ricardus veniens in Angliam narravit in capitulo Oxoniae, quod, cum unus frater Parisius extasi staret, visum erat ei quod frater Aegidius laicus sed contemplativus sedit in cathedra legens authenticas septem petitiones Dominicae rationis, cuius omnes auditores erant tantum fratres in ordine lectores.

Intrans autem sanctus Franciscus primo siluit et postea sic clamavit: “O quam verecundum est vobis quod talis frater laicus excedit vestra merita sursum in coelo. Et quia”, inquit scientia inflat, caritas autem aedificat (1Cor 8,1), plures sunt venerati fratres clerici in nihilo (?) in aeterno regno Dei”].

Crônica de Frei Tomás de Eccleston - 69

69. O quarto foi Frei Tomás de York. O quinto foi Frei Ricardo Rufo de Cornualha que ingressou em Paris, no tempo em que Frei Elias perturbava toda a Ordem, e fez sua profissão para a Inglaterra com constância e devoção, no tempo em que ainda estava pendente essa apelação. Depois, lecionou como “cursor” as Sentenças em Paris onde foi considerado grande e admirável filósofo.

[Esse Ricardo, quando veio para a Inglaterra, contou no capítulo de Oxford que, em Paris, um frade em êxtase pareceu ver que Frei Egidio, leigo, mas contemplativo, subira ao púlpito e comentava os sete pedidos do Pai-nosso, e todos os ouvintes eram só os lentes na Ordem.

Mas São Francisco entrou. No começo, ele ficou quieto, e depois exclamou: “Que vergonha para vós que este leigo supere vossos méritos até ao alto do céu. E disse: como a ciência incha, mas a caridade edifica, muitos frades clérigos venerados na terra são um nada no reino eterno de Deus”].