TEXTO ORIGINAL
Como libero uno mammolo da la macchia de l’occhio
11. Ancho disse che uno mammolo da Peroscia haveva nell’occhio una certa macchia che li copriva tucto l’occhio, unde fo menato ad sancta Chiara, la quale tocchò l’occhio del mammolo et poi li fece lo segno della croce. Et poi disse: “Menatelo alla mia madre sora Ortulana (la quale era nel monasterio de Sancto Damiano) et faccia sopra de lui lo segno de la croce”. La quale cosa facta, el mammolo fo li-berato: unde sancta Chiara diceva che la sua madre lo haveva liberato; et per lo contrario la madre diceva che madonna Chiara sua figliola lo haveva liberato, et così ciascheduna dava questa gratia ad l’altra. Adomandata quanto tempo innanti haveva veduto el mammolo con quella ma-cchia, respuse, che lo haveva veduto con quella macchia, quando fo portato ne[l] monasterio alla dicta madonna Chiara; nè innanti lo vidde, nè da poi che fo guarito, però che subito uscì fora del monasterio. Et epsa testimonia stecte sempre renchiusa nel monasterio per tucto lo tempo sopra dicto.
TEXTO TRADUZIDO
COMO LIVROU UM MENINO DE UMA MANCHA NO OLHO
11. Também disse que um menino de Perusa tinha uma mancha que cobria todo o olho. Por isso foi levado a Santa Clara, que tocou o olho do menino e lhe fez o sinal da cruz. Depois disse: Levem-no a minha mãe Irmã Hortolana (que estava no mosteiro de São Damião), para que ela também faça sobre ele o sinal da cruz”.
Isso foi feito, e o menino foi libertado. Santa Clara dizia que sua mãe o havia curado, mas a mãe dizia que tinha sido sua filha, dona Clara, que o havia libertado. E assim cada uma atribuía à outra essa graça. Interrogada sobre quanto tempo antes tinha visto o menino com aquela mancha, respondeu que foi quando foi trazido ao mosteiro para dona Clara; não o viu antes nem depois que foi curado, pois logo foi embora. E a testemunha sempre esteve reclusa no mosteiro por todo o tempo referido.