Página de Estudos das Fontes Pesquisadas

  • Fontes Clarianas
  • Fontes Históricas
  • Processo de Canonização

TEXTO ORIGINAL

Processo di Canonizzazione - 9,2

2. Adomandata que vide in lei, respuse, che una volta, essendo li Saracini intrati nel chiostro del dicto monasterio, epsa madonna se fece menare per fine ad lo uscio del refectorio, et fecese portare innanti una cassetta dove era el sancto Sacramento del Corpo del nostro Signore Iesu Christo. Et gittandosi prostrata in oratione in terra, con lacrime orò, dicendo queste parole intra le altre: “Signore, guarda tu queste tuoi serve, però che io non le posso guardar”. Allora epsa testimonia audì una voce de maravigliosa suavità, la quale diceva: “Io te defenderò sempre mai”. Allora la predicta madonna orò anche per la cità dicendo: “Signore, piacciate defendere ancho questa cità”: et quella medesima voce sonò et disse: “La cità paterà molti periculi, ma sarà defesa”. Et allora la madonna predicta se voltò alle Sore et disse ad loro: “Non vo-liate temere, però che io sono ad voi recolta, che hora non haverete alcuno male, nè ancho per lo advenire in altro tempo, per fine che vorrete obedire alli comandamenti de Dio”. Et allora li Saracini se partirono per tale modo, che non fecero alcuno nocumento o danno. 
Adomandata quanto tempo era stata innanti, respuse, che non se recordava. Adomandata ancho del mese, del dì et de l’ora, respuse: del mese de septembre, et, secondo li pareva, fo de venardi, quasi nella hora de terça. Adomandata chi ce era presente; respuse: le Sore le quale stavano alla oratione. 
Adomandata que altre Sore udirono quella voce, respuse che la udì epsa testimonia et un’altra Sora, la quale è morta, però che epse sostenevano epsa madonna. Adomantada come lei sapesse che quella altra Sora udisse quella voce, respuse: però che epsa Sora lo diceva. 
Et sancta Chiara in quella sera le chiamò tucte doi et comandò loro, che mentre epsa vivesse non lo dicessero ad persona alcuna. Adomandata del nome de quella Sora, la quale diceva che era morta, respuse, che se chiamava sora Illuminata da Pisa.

TEXTO TRADUZIDO

Processo de Canonização - 9,2

2. Interrogada sobre o que viu nela, respondeu que uma vez, tendo os sarracenos entrado no claustro do mosteiro, a senhora pediu que a carregassem até a porta do refeitório e pusessem diante dela uma caixinha onde estava o santo Sacramento do Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo. Prostrou-se por terra em oração e orou com lágrimas, dizendo estas palavras entre outras:“ Senhor, guardai Vós estas vossas servas, porque eu não as posso guardar”. Então a testemunha ouviu uma voz de maravilhosa suavidade, que dizia: “Eu te defenderei para sempre!” Então a senhora orou também pela cidade, dizendo: “Senhor, que vos apraza defender também a esta vossa cidade”. A mesma voz soou: “A cidade sofrerá muitos perigos, mas será defendida”. Então a senhora se voltou para as Irmãs e lhes disse: “Não fiquem com medo, porque eu sou a sua garantia de que não vão passar nenhum mal, nem agora nem no futuro, enquanto se dispuserem a obedecer os mandamentos de Deus”. Os sarracenos foram embora sem fazer mal ou causar prejuízo. 
Interrogada sobre quanto tempo antes tinha sido isso, respondeu que não se lembrava. Interrogada também sobre o mês, o dia e a hora, respondeu: “No mês de setembro e, parece, numa sexta-feira, quase na hora de Tércia”. Interrogada sobre quem estava presente, respondeu: “As Irmãs que estavam na oração”. 
Interrogada sobre que outras Irmãs ouviram aquela voz, respondeu que a ouviram a testemunha e uma outra Irmã, que já morreu, pois elas estavam sustentando a senhora. Interrogada sobre como sabia que a outra Irmã tinha ouvido a voz, respondeu: “Porque ela contou”. 
E Santa Clara chamou as duas naquela tarde e disse para não contarem isso a ninguém enquanto ela estivesse viva. Interrogada sobre o nome dessa Irmã que dizia ter morrido, respondeu que se chamava Irmã Iluminata de Pisa.