Processo di Canonizzazione - 11,4

4. Et allora epsa testimonia incomençò sollicitamente ad pensare de la molta et maravigliosa sanctità de epsa madonna Chiara; et in quella cogitatione li pareva che se movesse tucta la Corte celestiale, et apparechiasse ad honorare questa Sancta. Et spetialmente la nostra gloriosa madonna beata Vergine Maria apparechiava de li suoi vestimenti, per vestire questa novella Sancta. Et mentre che epsa testimonia stava in questa cogitatione et imaginatione, subito vidde con li occhi del capo suo una grande multitudine de vergine, vestite de biancho le quale havevano tucte le corone sopra li capi loro, che venivano et intravano per l’uscio de quella stantia dove giacieva la predicta matre sancta Chiara. Intra le quale vergine era una magiure et sopra et più che dire non se poteria, sopra tucte le altre bellissima, la quale haveva nel suo capo magiure corona che le altre. Et sopra la corona haveva uno pomo de oro in modo de uno turibolo, del quale usciva tanto splendore, che pareva illustrasse tucta la casa. 
Le quale vergine se approximaro al lecto de la dicta madonna sancta Chiara, et quella Vergine che pareva magiure in prima la coperse nel lecto con uno panno sutilissimo, lo quale era tanto sutile, che per la sua grande sutilitade epsa madonna Chiara, ben che fusse coperta con esso, nientedimeno se vedeva. Da poi epsa Vergine de le vergine, la quale era magiure, inchinava la faccia sua sopra la faccia de la predicta vergine sancta Chiara, overo sopra el pecto suo, però che epsa testimonia non podde bene discernere l’uno da l’altro; la quale cosa facta, tucte sparirono. 
Adomandata se epsa testimonia allora veghiava overo dormiva, respuse che veghiava et bene, et fo la sera de nocte, come è dicto. Adomandata chi ce era presente, respuse che ce erano più Sore, de le quale alcune dormivano et alcune veghiavano; ma non sapeva se epse viddero quelle cose che vidde lei; però che epsa testimonia non le revelò mai più ad persona, se non hora. Adomandata quando et de que dì fo questo, respuse: de venardì, la sera; et epsa santissima madonna Chiara morì poi lo lunedì sequente.

Processo de Canonização - 11,4

4. Então a testemunha começou a refletir na grande e maravilhosa santidade de dona Clara. Nisso, teve a impressão de que toda a corte celestial estava se movimentando e se preparando para honrar a Santa. E especialmente nossa gloriosa senhora bem-aventurada Virgem Maria preparava alguma de suas roupas para vestir a nova Santa. 
E enquanto a testemunha estava nessa cogitação e imaginação, viu de repente com os olhos reais uma grande multidão de virgens, vestidas de branco, todas com coroas na cabeça, que vinham e entravam pela porta da sala onde jazia Santa Clara. Entre as virgens havia uma maior que excedia tudo que se pudesse dizer, muito mais bonita do que todas as outras, com uma coroa maior que as das outras. Em cima da coroa havia um pomo de ouro do qual, como de um turíbulo, saía tanto esplendor que parecia iluminar a casa toda. 
As virgens aproximaram-se do leito da senhora Santa Clara, e a Virgem que parecia maior foi a primeira a cobri-la na cama com um pano finíssimo, tão fino que por sua transparência dona Clara podia ser vista mesmo estando coberta com ele. Depois a Virgem das virgens, que era a maior, inclinou o seu rosto sobre o da virgem Santa Clara, ou então sobre o seu peito, pois a testemunha não pôde distinguir bem uma coisa da outra. Feito isso, todas desapareceram. 
Interrogada se a testemunha estava então acordada ou dormindo, respondeu que estava acordada e bem acordada, e que isso aconteceu de noite, como foi dito. Interrogada sobre quem estava presente, respondeu que estavam muitas Irmãs, das quais algumas dormiam e algumas estavam acordadas. Mas não sabia se elas viram o que ela viu, porque nunca o revelou a ninguém, senão agora. Interrogada sobre quando e em que dia foi isso, respondeu: “Numa sexta-feira, de noite; e a santíssima dona Clara morreu depois, na segunda-feira seguinte”.