TEXTO ORIGINAL
107
1 In Sicilia mulier quaedam, cum beati Francisci diem solemnem adesse cognosceret, a servili opere (cfr. Lev 23,7) abstinere non curans, coram se vas pistorium praeparavit.
2 In quo cum farinam poneret et eam exsertis brachiis coacervaret, mox farina conspersa cruore comparuit.
3 Mulier hoc stupida cernens, convicinas clamare coepit.
4 Quae quanto magis illuc ad spectaculum confluunt, eo in massa ipsa venae sanguinis plus accrescunt.
5 Poenitet mulierem fecisse quod fecerat, et votum vovet (cfr. Ps 131,2), ut in festo eius de caetero servile opus facere non praesumat.
6 Promissione itaque sic firmata, cruentatio sanguinis recessit a massa.
TEXTO TRADUZIDO
107
1 Na Sicília, uma mulher, sabendo que era o dia solene de São Francisco, não se incomodou de abster-se do trabalho servil e preparou diante de si uma vasilha de padeiro.
2 Pôs farinha dentro e começou a juntá-la com os braços nus, mas a farinha logo ficou manchada de sangue.
3 A mulher se assustou e chamou as vizinhas.
4 Quando mais elas vinham ver o espetáculo, mais aumentava o sangue na massa.
5 A mulher se arrependeu do que tinha feito e fez um voto de nunca mais fazer obra servil no dia de sua festa.
6 Feita e confirmada a promessa, a mancha de sangue desapareceu da massa.