TEXTO ORIGINAL
156
1 Cum esset alio tempore apud Civitatem de Castello, mulier quaedam daemonium habens (cfr. Luc 4,33), ad domum in qua ipse manebat, perducta est.
2 Quae, foris stans (cfr. Ioa 20,11) et dentibus frendens, omnes latratibus infestabat.
3 Multi vero sanctum Dei pro illius liberatione suppliciter rogaverunt, gravatos se longo tempore illius insania conquerentes.
4 Beatus Franciscus misit ad eam fratrem qui secum erat, experiri volens, utrum foret daemonium, an deceptio muliebris.
5 At ipsa, sciens sanctum Franciscum non esse, eum derisit et pro modico duxit.
6 Pater sanctus intus erat orans. Qui oratione completa (cfr. Iudt 6,16), ad mulierem foras exivit.
7 Cuius praesentiam ferre non valens, volutabatur cum fremitu super terram.
8 Sanctus Dei exire daemonem per obedientiam imperavit.
9 Qui statim egrediens, incolumem mulierem reliquit.
TEXTO TRADUZIDO
156
1 Numa outra ocasião, estando o santo em Città di Castello, uma mulher que tinha o demônio foi levada à casa em que ele estava.
2 Estava lá fora, rangia os dentes e perturbava todo mundo com seus gritos.
3 Mas muitos rogaram ao santo de Deus por sua libertação, lamentando que já estavam atormentados havia muito tempo por aquela loucura.
4 O bem-aventurado Francisco enviou-lhe um frade que estava com ele, querendo experimentar se era o demônio ou algum engano da mulher.
5 Mas ela, sabendo que não era São Francisco, caçoou e fez pouco dele.
6 O pai santo estava dentro da casa rezando. Quando acabou a oração, saiu ao encontro da mulher.
7 Não aguentando sua presença, ela se revirava violentamente no chão.
8 O santo de Deus impôs ao demônio que saísse por obediência.
9 Saiu na mesma hora, e deixou a mulher incólume.