Tractatus de Miraculis (3Cel) - 109

Caput XIII - De ruptis reparatis.

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1 Frater Iacobus de Yseo vir in Ordine nostro satis celeber et famosus, de seipso testimonium (cfr. Ioa 1,15) dicens, ad gloriam patris nostri, pro sanitatis beneficio agit gratias sancto Dei. 
2 Hic, cum puer esset tenellus in domo paterna, fracturam incurrit corporis valde gravem, defluentibus quae sunt abdita corporis et quae in arcanis natura locaverat ad loca non sua, cum durae molestia laesionis. 
3 Dolebant pater et sui qui noverant causam, et cum saepe medicorum iuvamenta tentarent, in nullo proficere videbantur. 
4 Coepit tandem juvenis, divino afflatus spiritu, de salute animae (cfr. 1Pet 1,9) cogitare, et Deum studiosa mente requirere, qui sanat contritos corde et alligat contritiones eorum (cfr. Ps 146,3). 
5 Itaque Ordinem sancti Francisci devotus intravit, nulli tamen qua urgebatur infirmitatem detexit. 
6 Verum aliquantisper moram in Ordine faciente (cfr. Mat 25,5), cum ad notitiam fratrum juvenis pervenisset infirmitas, moti fratres voluerunt eum, licet dolentes, remittere ad parentes. 
7 Sed pueri constantia tanta fuit, ut coactionem vinceret importunam. 
8 Curam proinde habuerunt fratres de iuvene, donec, gratia confortatus (cfr. Luc 2,40) et probis moribus redolens bonum virum, curam animarum inter eos suscepit et laudabiliter regularem exercuit disciplinam. 
9 Factum est autem cum corpus beati Francisci transferretur ad locum, adfuit tunc dictus frater translationis gaudiis cum multitudine caeterorum. 
10 Et appropinquans tumbae, in qua corpus quiescebat patris sanctissimi, pro iam inveterata infirmitate coepit orare diutius. 
11 Subito miro modo ad loca debita partibus re-vocatis, sanatum se sentiens, succinctorium deposuit et ex tunc ab omni dolore praeterito penitus liber fuit.

Tratado dos Milagres (3Cel) - 109

Capítulo 13 – Sobre hérnias curadas.

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1 Frei Tiago de Iseo, de nossa ordem, bem célebre e famoso, deu um testemunho de si mesmo para glória de nosso pai, dando graças ao santo de Deus pela graça da saúde. 
2 Quando era um menino ainda pequeno na casa paterna, sofreu um ferimento grave no corpo, pelo qual saíam em uma posição que não era a sua as partes escondidas do corpo, colocadas pela natureza no segredo e por isso ele sofria muito com o problema.
3 O pai e os parentes, que sabiam a causa, sofriam muito e, mesmo tentando muitas vezes a ajuda dos médicos, parece que não conseguiam nada. 
4 Então o jovem começou, por inspiração divina, a pensar na salvação da alma e a buscar com diligência Deus que cura os contritos de coração e alivia seus sofrimentos. 
5 Por isso entrou devotamente na Ordem de São Francisco, mas não falou a ninguém sobre a doença que o atormentava. 
6 Mas, depois que estava havia algum tempo na Ordem, quando os frades ficaram sabendo da doença do moço, mesmo compadecidos, quiseram devolve-lo aos pais. 
7 Mas foi tal a constância do rapaz que venceu a inoportuna decisão. 
8 Então os frades cuidaram do jovem até que, confortado pela graça e cheio de nobres virtudes, assumiu entre eles o cuidado das almas e se distinguiu pela prática da observância regular. 
9 Aconteceu então que, durante a transferência do corpo de São Francisco para o seu lugar, o referido frade estava então presente com muitos outros nas festas da translação. 
10 Aproximando-se do túmulo em que descansava o corpo do pai santíssimo, começou a orar insistentemente pela velha doença. 
11 De repente, de maneira admirável, voltando tudo ao seu devido lugar, sentiu-se curado, deixou de lado o cinto e desde então ficou livre de todas as dores que sofrera.