Página de Estudos das Fontes Pesquisadas

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  • Tomás de Celano
  • Segunda Vida (2Cel)

TEXTO ORIGINAL

Secunda Vita (2Cel) - 221

Oratio sociorum sancti ad eumdem.

Caput CLXVII

221 
1 Ecce, beate pater noster, simplicitatis studia conata sunt magnifica tua facta utcumque laudare, ac de innumeris sanctitatis tuae virtutibus vel pauca, pro tua gloria, referre in medium. 
2 Scimus tuis insignibus nostra verba multum ademisse splendoris, dum ad tantae perfectionis promenda magnalia imparia sunt inventa. 
3 Petimus a te et a legentibus affectum pensari ut studium, gaudentes mirabilium morum apicibus humanos calamos superari. 
4 Quis enim, sanctorum egregie, spiritus tui ardorem (cfr. Is 4,4) vel in se ipso formare, vel imprimere posset in aliis, et affectus illos ineffabiles, qui ex te inintermisse fluebant in Deum, concipere quis valeret? 
5 Sed scripsimus haec tua dulci memoria delectati, quam donec vivimus, aliis eructare vel balbutiendo conamur. 
6 Cibaris iam ex adipe frumenti (cfr. Ps 80,17), quondam famelice; iam torrente voluptatis potaris, hactenus sitibunde. 
7 Non sic te inebrieatum credimus ab ubertate domus Dei (cfr. Ps 35,9), ut tuorum oblitus sis filiorum (cfr. Os 4,6), cum et ille quem potas, nostri sit memor (cfr. Ps 113,12). 
8 Trahe nos igitur ad te, digne pater, ut in odorem unguentorum tuorum curramus (cfr. Cant 1,3), quos utique cernis desidia tepidos, pigritia languidos, negligentia semivivos! 
9 Sequitur te grex pusillus (cfr. Luc 12,32) iam nutandi vestigio; tuae perfectionis radios infirmorum luminum acies reverberata non sustinet. 
10 Innova dies nostros, sicut a principio (cfr. Lam 5,21), perfectorum speculum et exemplar, nec patiaris vita dissimiles eadem tibi professione conformes!

TEXTO TRADUZIDO

Segunda Vida (2Cel) - 221

Oração dos companheiros do santo a ele.

Capítulo 167

221 
1 Aqui estão, bem-aventurado pai nosso, os esforços da simplicidade com que procuramos louvar de alguma maneira teus feitos magníficos, e contar pelo menos um pouco de tuas inumeráveis virtudes de santidade, para tua glória. 
2 Temos consciência de que nossas palavras tiraram muito do esplendor de teus feios, pois se demonstraram incapazes de manifestar tão grande perfeição. 
3 Pedimos, a ti e aos leitores, que pensem tanto em nosso afeto quanto em nosso esforço, alegrando-se porque as alturas de tua santidade superaram nossa pena humana. 
4 Quem poderia, ó egrégio entre os santos, conceber em si mesmo o ardor de teu espírito ou imprimi-lo nos outros? Quem poderia ter os afetos inefáveis que de ti fluíam constantemente para Deus? 
5 Mas escrevemos estas coisas deleitados em tua doce lembrança, que procuraremos transmitir aos outros enquanto vivermos, mesmo que seja balbuciando. 
6 Tu, que passaste fome, já te alimentas com a flor do trigo; tu que eras um sedento, já bebes na torrente do prazer. 
7 Mas não acreditamos que estejas a tal ponto inebriado com a fartura da casa de Deus, que tenhas esquecido teus filhos, pois até aquele a quem bebes lembra-se de nós. 
8 Arrasta-nos, pois, para ti, pai digno, para corrermos no odor de teus perfumes (cfr. Ct 1,3), nós que, de fato, vês mornos pela falta de vontade, lânguidos de preguiça, apenas meio vivos pela negligência! 
9 O pequeno rebanho já te segue com passo inseguro. Nossos pobres olhos ofuscados não suportam os raios de tua perfeição. 
10 Renova nossos dias, como no começo, ó espelho exemplar dos perfeitos, e não permitas que tenham vida diferente da tua os que são conformes a ti pela profissão!